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Murano chega ao Brasil esbanjando estilo e tecnologia

1- Em resumo

Nem utilitário-esportivo, nem cupê e nem sedã. Na falta de uma definição mais precisa, convencionou-se classificar o Nissan Murano de crossover, uma terminologia criada pelos americanos para explicar a mistura de estilos em um veículo. O carro, no entanto, vem sendo chamado de “escultura em movimento” – e essa talvez seja a melhor definição para ele. A escultura, já apresentada ao público brasileiro há dois anos no Salão do Automóvel de São Paulo, acaba de chegar definitivamente ao Brasil: o Nissan Murano estará na rede Nissan a partir de 23 de outubro.

“O Nissan Murano veio se juntar ao 350Z como construtor de imagem da marca Nissan”, afirma Nélio Bilate, diretor de Vendas e Marketing da Nissan Mercosul. O modelo é estratégico dentro do programa SHIFT_mercosul, anunciado agora em setembro pelo presidente da Nissan Mercosul, Thomas Besson. O programa prevê investimentos de 150 milhões de dólares, parte dos quais no lançamento de seis novos produtos até 2009. O Nissan Murano é o primeiro modelo desta nova fase da empresa. “Ele é mais que um crossover, porque reúne as qualidades de três segmentos: tem tração integral, o rodar de um sedã esportivo e o porte de um utilitário-esportivo”, define Bilate.

Lançado comercialmente em 2003 nos Estados Unidos, o Nissan Murano quebrou padrões de estilo com suas linhas atrevidas criadas pelo Nissan Design America, o centro de estilo da marca em San Diego, na Califórnia. Caiu no gosto do americano e, logo em seguida, do público europeu. E não apenas pelo desenho fora do convencional que o distingue dos demais veículos, mas por aliar alta tecnologia, conforto e capacidade fora-de-estrada. No Brasil, a previsão de vendas é de 8 a 10 unidades por mês. Apenas a versão topo de linha, dotada de fartos itens de conforto e de segurança, estará disponível.

O carro é equipado com o premiado motor V6 a gasolina, eleito doze vezes consecutivas como um dos 10 melhores do mundo, e tração integral eletrônica All Mode, outra exclusividade Nissan e cujo maior benefício é a segurança para os passageiros. O sistema All Mode é automaticamente acionado na iminência de derrapagem ou perda de controle. O sistema também tem a opção de 4X4 permanente.

Mas um dos grandes destaques do Nissan Murano é a transmissão continuamente variável XTRONIC CVT, empregada de forma pioneira pela Nissan em um veículo com motor de grande capacidade cúbica. Até então o sistema CVT era usado apenas em carros com motor de baixa capacidade. Suas principais vantagens, como se verá adiante, são a eficiência na queima do combustível e o conforto; já a relação de marchas permite explorar o melhor momento de torque e de potência e as passagens entre uma marcha e outra são feitas de forma suave e progressiva. A transmissão também permite trocas manuais seqüenciais com seis velocidades.

“Em suma é um carro que agrada pelas linhas arrojadas e elegantes, pelo espaço interno privilegiado e pela tecnologia mecânica”, resume Bilate. “Todos esses ingredientes irão diferenciar o comprador do Nissan Murano.”

O nome, a propósito, remete a um dos objetos cultuados por quem valoriza arte e design: Murano é a localidade próxima a Veneza, na Itália, onde são produzidas as mais finas peças de cristal – verdadeiras jóias em forma de esculturas.

2 – Estilo e conforto

Sempre em movimento, por fora e por dentro
As linhas do Nissan Murano não se enquadram dentro das configurações tradicionais da indústria automobilística. Por isso, o modelo foi classificado como crossover, que nada mais é que a fusão de estilos. Foi, em 2003, o primeiro carro da Nissan a receber esta classificação. Foi, igualmente, o primeiro Nissan a ser comparado a uma escultura – desde os primeiros esboços, o Murano passou a ser chamado de “escultura em movimento”. O nome de batismo, que remete às peças de cristais produzidas em Murano, na Itália, foi mais que adequado para resumir um dos principais atrativos do modelo.

Criado inicialmente para o mercado americano, o modelo logo ganhou o mundo. Em 2004 foi apresentado na Europa, começou a ser vendido na mesma época no Japão e agora chega ao Brasil. É produzido em Kyushu, uma das três unidades fabris da Nissan Motor Co, no Japão.

O Nissan Murano é diferente. Mas nem por isso deixa de ser reconhecido como um Nissan: o DNA da marca é visível em vários detalhes de estilo do carro. O desenho é um de seus pontos de maior atração – e uma das atuais prioridades da Nissan é aliar tecnologia de ponta com desenhos cada vez mais surpreendentes. “Para qualquer fabricante de automóveis, o desenho atraente é fundamental para o sucesso de um modelo. Não é suficiente, mas necessário, porque o desenho é a primeira coisa que o consumidor nota em um carro”, lembra Carlos Ghosn, presidente e CEO da Nissan Motor Co. “Sempre levamos em conta que as decisões de compra são baseadas em fatores racionais e emocionais. Um desenho criativo pode reforçar o apelo emocional e reforçar a fidelidade do comprador junto à marca.”

O mesmo capricho e a mesma ousadia das linhas externas também são percebidos no interior, por meio dos detalhes que visam tornar a vida a bordo mais segura e agradável. O desenho do painel segue a mesma orientação ousada das linhas externas e, do mesmo modo, sugerem movimento contínuo.

Transporta com sobra de espaço cinco adultos e mais 480 litros de bagagem. E oferece requinte de carro de luxo: todas as versões configuradas para o mercado brasileiro vêm com bancos de couro, sistema de som BOSE®, ajuste elétrico dos bancos e dos pedais e teto solar, entre outros equipamentos de conforto e comodidade.


Desenho atrevido
Conta-se que ao receber o desafio de criar um veículo para o mercado americano, a primeira inspiração dos estilistas do Nissan Design America, em San Diego, na Califórnia (um dos centros de design da marca nos Estados Unidos, junto com o North America Studio, em Michigan) veio de uma bola de futebol americano. Teria surgido daí o perfil em formato de elipse do Murano, em que o segmento mais largo compreende o compartimento dos passageiros e as extremidades, mais estreitas, dão movimento ao desenho do carro e ditam sua personalidade.

“O desenho Nissan atingiu uma etapa crucial”, afirma Shiro Nakamura, vice-presidente responsável pela área de design da empresa. “No atual contexto de saturação de mercado, é fundamental que os Nissan se destaquem da concorrência – todos os nossos modelos mais recentes, como o Nissan Murano, conseguem precisamente isso.”

O Murano, como afirma Nakamura, se destaca no trânsito com suas formas atrevidas. Seu perfil, reforçado pela linha de cintura elevada, impressiona e sugere um veículo de maior porte. As rodas de 18 polegadas e seis raios reforçam a impressão. As saliências e reentrâncias das chapas criam jogos de luz e sombra que dão movimento ao conjunto. Não duvide que cada detalhe de estilo mereceu horas de dedicação dos estilistas. Tome-se a lanterna traseira como exemplo dessa dedicação: a peça de contorno inusitado se integra com rara harmonia ao conjunto e se apresenta como um prolongamento dos faróis. Além do desenho de bom gosto, a peça cumpre com perfeição sua função original – a de ser visível.

Na dianteira, mais um exemplo de desenho funcional. A parte frontal em forma de cunha permite que o Nissan Murano desenvolva com eficiência sua vocação fora-de-estrada, já que a solução resultou em ângulo de ataque de 28º. A aerodinâmica (Cx de 0,39) também foi favorecida. Na traseira, a mesma solução em forma de cunha determinou ângulo de saída de 25º. O vão livre do solo é de 175 mm.

A grade, decorada por seis elementos tubulares alinhados, o pára-choque, com uma generosa entrada de ar, os pára-lamas com bordas salientes, a tampa do motor e, por fim, os faróis de desenho geométrico, estão tão integrados que sugerem uma peça única. O logotipo Nissan aplicado em uma placa com forma de trapézio aplicada no centro da grade determina os vincos da tampa do motor.

Na lateral, o maior ponto de atração é a coluna traseira marcada por uma janela triangular com o vértice apontado para cima. A mesma solução foi aplicada no Qashqai, agora lançado comercialmente na Europa. A tampa do porta-malas, ou a quinta porta, é moldada em chapa convexa e recortada de maneira a servir de moldura para as lanternas. O vidro espia, também abaulado, tem formas arredondadas como as principais linhas da carroceria.

Não se nota, no entanto, nenhum excesso ou elementos de estilo fora de lugar: o conjunto transpira funcionalidade, elegância e bom gosto. Como as esculturas clássicas.

 

Muito espaço para o conforto
O acesso ao interior é feito por amplas portas com generoso ângulo de abertura. Dentro do Nissan Murano predominam couro e aplicações de alumínio, uma combinação de refinado gosto que revela a personalidade clássica do veículo. O acabamento é condizente ao de um veículo de luxo. A arquitetura segue a mesma filosofia de funcionalidade com estilo encontrada nas linhas externas.

O painel mantém as formas clássicas temperadas com pitadas de ousadia: a seção central – na qual estão instalados em uma placa de alumínio os equipamentos de som e de ventilação, com seus respectivos comandos –, por exemplo, é avançada de modo a formar uma superfície plana na parte superior. É nesse espaço que estão dispostas as teclas do computador de bordo, à maneira do teclado do computador doméstico.

O módulo principal contém os três instrumentos clássicos (contagiros, velocímetro e indicadores de temperatura e do nível de combustível) circulares, abrigados em uma caixa metálica formada por linhas retas e curvas. A função dessa caixa, que parece assentada sobre o painel, é proteger os mostradores de eventuais luzes incidentais que pudessem atrapalhar a leitura. Mas também funciona como um objeto de decoração. Todas as luzes espia, incluindo os indicadores de marcha selecionada e os hodômetros digitais (um total e dois parciais) estão concentradas na porção inferior dos mostradores, marcada pelo fundo escuro. A porção superior, na qual se encontram os instrumentos de consulta mais freqüente, é realçada pela cor amarela.

O volante de três raios é característico da marca: segue o mesmo estilo de outros modelos, como o Nissan 350Z, e lembra que o Murano, além de requinte, também tem vocação esportiva. Multifuncional, abriga os comandos do rádio e do controlador de velocidade.

O console central é formado por uma mesa coberta por placas de alumínio e pontilhados de pequenos nichos com tampa. É nesta mesa que está instalada a alavanca de câmbio, além das teclas de ajuste elétrico dos retrovisores externos, de bloqueio da tração e de aquecimento dos bancos dianteiros. Entre os bancos, um apoio de braço com compartimento para objetos.

Ambos os bancos têm ajuste elétrico de distância e de inclinação do encosto, mas só o do motorista conta com funções complementares (de altura e de apoio lombar), além de duas posições de memória que, além do banco, ajusta os pedais e os retrovisores. É na lateral desse banco que também estão instaladas as teclas de ajuste elétrico dos pedais. Por medida de segurança, a função é desativada com o veículo em movimento. Como cortesia, o banco do motorista recua alguns centímetros cada vez que a chave é retirada do contato e a porta é aberta, para facilitar o acesso. A operação se repete quando a porta é aberta do lado de fora.

Outra cortesia: o círculo metálico da ignição é parcialmente iluminado por uma luz de coloração amarela para facilitar a introdução da chave à noite.

Na traseira, há espaço de sobra para mais três adultos, mesmo com os bancos dianteiros totalmente recuados. Todos os passageiros contam com apoio de cabeça e com cintos transversais de três pontos (os laterais com ajuste de altura). O encosto pode ser reclinado para maior conforto em viagens e também rebatido para liberar maior área para bagagens. Com os bancos em posição normal, a capacidade é de 480 litros. Com o encosto rebatido, a capacidade é ampliada para 880 litros.

O assoalho do porta-malas é plano para facilitar as operações de carga e descarga e conta com um nicho sob o carpete para abrigar pequenos objetos.

A versão que está sendo importada do Japão, e que é exclusiva do mercado brasileiro, conta com vários itens de conforto e de comodidade. Entre os itens disponíveis, estão o teto-solar de acionamento elétrico, o ar-condicionado automático e som BOSE® com CD changer para seis discos, quatro alto falantes, dois tweeters e um sub woofer.

3- Tecnologia

Pura arte em mecânica
Um dos destaques do Nissan Murano é a transmissão XTRONIC CVT, continuamente variável, que permite passagens de marcha com suavidade não encontrada nas transmissões automáticas convencionais. O sistema desenvolvido pela Nissan em 2002 foi pioneiro para motores de grande capacidade cúbica. Na versão vendida no Brasil, o motorista pode optar por trocas seqüenciais manuais. Todos os carros são equipados com o motor de seis cilindros em V de alumínio, considerado o estado da arte em sua categoria. É, basicamente, o mesmo equipamento do Nissan 350Z e que há 12 anos é incluído na lista dos dez melhores motores do mundo pela revista americana Ward’s Auto World Magazine. O equipamento foi calibrado para adequação perfeita a um crossover.


Motor premiado
O Murano é equipado com um dos mais refinados motores do mundo, o 3.5 DOHC V6 da série Nissan VQ, que compreende cinco diferentes configurações de motor seis cilindros a gasolina (2.0, 2.5, 3.0, 3.5 e 4.0 litros de capacidade cúbica). Denominado VQ35DE, é, basicamente, o mesmo equipamento que na série especial de 35 anos do 350Z foi calibrado para atingir 300 cv de potência. O mesmo motor também equipa outros modelos Nissan e Infiniti em todo o mundo. Lançada em 1994, a série VQ atingiu a marca de 5,5 milhões de unidades fabricadas até março deste ano. A cada ano, ganha aprimoramentos técnicos para aumentar sua eficiência, sobretudo em emissões de poluentes e em consumo de combustível – duas preocupações da Nissan em seus projetos.
 
Considerado estado da arte em sua categoria, o VQ 3.5 é construído inteiramente em alumínio e se caracteriza pelas dimensões compactas, pelo peso reduzido e pela ausência de vibrações em qualquer regime de rotação. Instalado transversalmente, conta com peças internas forjadas em ligas ultraleves, solução que contribui para o funcionamento suave e para a maior durabilidade dos componentes, entre outras vantagens.

Com bancadas de cilindros dispostas em ângulo de 60º, tem quatro válvulas por cilindro e comando variável do tempo de abertura das válvulas. Na prática, isso representa oferta de torque e de potência em qualquer regime de rotação e em qualquer condição de marcha. Para a aplicação no Murano vendido no mercado brasileiro, a potência foi definida em 231 cv (a 6.000 rpm) com torque de 32,42 kgmf (a partir de 3.600 rpm). Dotado de injeção eletrônica seqüencial e catalisador em três vias, é um dos motores mais limpos hoje em produção.

Estas qualidades colocaram o VQ 3.5 este ano, pela 12ª vez consecutiva, como finalista do concurso que elege os dez melhores motores do mundo. A eleição é promovida pela Ward’s Auto World Magazine, uma das principais publicações americanas. O VQ é o único motor a constar da lista dos dez mais em todas as edições do prêmio, desde que o concurso foi instituído. Um dos seus pontos fortes, segundo os analistas da Ward’s, é a “sublime aceleração” – ou, em outras palavras, as respostas suaves e progressivas ao comando do acelerador eletrônico.
 
Transmissão pioneira
Para administrar a disposição dos seis cilindros, a Nissan criou a transmissão XTRONIC CVT, continuamente variável, com gerenciamento eletrônico. É a primeira vez que um veículo Nissan vendido no Brasil conta com essa tecnologia, oferecida desde 2002 pela marca para motores de grande capacidade cúbica, como o 3.5 litros.

O sistema XTRONIC CVT segue o mesmo princípio de funcionamento dos sistemas continuamente variáveis acoplados aos motores de menor capacidade cúbica. Em síntese, é uma caixa automática que usa duas polias de formato cônico (portanto, com largura variável) unidas por uma correia metálica. Uma das polias recebe a força do motor e outra dosa essa força para as rodas da seguinte maneira: as laterais das polias se afastam ou se aproximam continuamente e com esse movimento, aumentam ou diminuem o diâmetro de atuação da correia, alterando a relação de transmissão de uma polia a outra.

Como a correia tem comprimento fixo, a variação de diâmetro de uma polia corresponde a uma variação inversa de outra. É como se as relações de marchas fossem encurtadas ou alongadas em infinitas variações dentro dos limites de diâmetro das polias. Um sistema hidráulico ajusta o diâmetro mais adequado das duas polias para as solicitações do acelerador.

No caso do sistema XTRONIC, as polias alteram a relação de transmissão em seis vezes (2.3710~0.4390), graças à eficiência da correia e ao uso de um fluído hidráulico de alto desempenho, responsável por manter a tensão constante da correia. A solução também acabou favorecendo a rapidez nas passagens das marchas, agora 30% mais rápidas que nos sistemas CVT convencionais. A relação mais curta favorece a aceleração e as retomadas de marcha, enquanto a mais longa contribui para o menor consumo.

Para se chegar a esta fórmula, a Nissan pesquisou os hábitos dos seus clientes em todo o mundo e concluiu que 60% deles dirigem a maior parte do tempo na cidade com o ar-condicionado ligado. Os testes para extrair o maior desempenho com o menor consumo do motor levaram em conta essa realidade e passaram a ser feitos simulando as condições reais de uso dos veículos.  

Mas até esse ponto, um longo caminho teve de ser percorrido: um dos grandes desafios dos engenheiros da Nissan foi criar uma correia capaz de suportar o elevado torque do motor. A solução foi o uso de placas de aço 400 vezes mais resistentes fixadas em uma cinta multicamada de aço. Outro desafio foi minimizar o desgaste da embreagem, situação comum quando o veículo encontra-se parado com a marcha engatada. A adoção do conversor de torque eliminou o problema.

Na prática, toda essa tecnologia pode ser traduzida em uma palavra: suavidade. As passagens entre as marchas, qualquer que seja a pressão empregada no pedal do acelerador, são feitas sem solavancos e de maneira gradual. O benefício é aparente em ladeiras acentuadas, condição em que as constantes mudanças de marcha nos câmbios tradicionais são eliminadas. O comportamento também é perfeitamente visível por meio do conta-giros do Nissan Murano: o ponteiro se movimenta sem oscilações. A transmissão trabalha sempre na melhor faixa de potência e de torque do motor para aliar desempenho com o menor consumo e com reduzidos índices de emissões.

Além do modo automático, em que basta posicionar a alavanca em “drive”, como em um câmbio automático convencional, as trocas também podem ser feitas manualmente, com o deslocamento da alavanca para o lado direito da guia. São seis velocidades possíveis, indicadas no painel.

Tração All Mode
A versão vendida no Brasil é dotada de tração integral All Mode, um dos conjuntos mais compactos até hoje construídos. Gerenciada eletronicamente, o motorista não precisa fazer nada para que o sistema entre em operação – apenas bloquear a transmissão por meio de uma tecla no console. Com isso, garante-se a distribuição do torque de maneira uniforme entre os dois eixos para travessias de terrenos acidentados ou de baixa aderência (como pistas escorregadias, por exemplo) com maior segurança.

O sistema All Mode funciona com base nos parâmetros fornecidos pela central eletrônica e pelos sensores distribuídos em pontos determinados nas rodas e no motor. O conjunto analisa, entre outras variáveis, a abertura do acelerador e a velocidade das rodas para determinar a transferência de torque entre as rodas. A maioria dos sistemas de tração sem gerenciamento eletrônico só passa a atuar quando as rodas já perderam aderência com o solo. O All Mode se caracteriza por antecipar a necessidade de transferência de torque.

Em situações normais de rodagem, apenas as rodas dianteiras são tracionadas, condição em que o Nissan Murano passa a ter comportamento de automóvel de passeio. Com isso, além do menor desgaste dos componentes da transmissão e da maior economia de combustível, o motorista passa a ter maior domínio sobre o carro. Em caso de perda de aderência, a força é automaticamente transferida para as rodas traseiras, de maneira imperceptível para os passageiros.

A distribuição do torque é feita sob demanda e pode chegar à proporção de 50% no eixo dianteiro e de 50% no traseiro. No modo bloqueado, o sistema opera continuamente em 4x4 até o limite de velocidade de 30 km/h. Acima disso, a central eletrônica passa a comandar a distribuição de torque conforme a necessidade.

Comportamento de automóvel
A carroceria do Nissan Murano está assentada sobre estrutura monobloco, uma fórmula para privilegiar o comportamento dinâmico do veículo. Com elevado índice de rigidez torcional e suspensão calibrada no meio termo entre conforto e estabilidade, oferece condução mais próxima de um automóvel que de um utilitário-esportivo. A direção é firme mesmo em baixas velocidades, fórmula que passa muita segurança ao motorista em qualquer tipo de manobra. O raio de giro é 5,7 metros, valor extremamente reduzido dadas as dimensões do veículo. São 4.770 mm de comprimento, por 1.880 mm de largura e 1.705 mm de altura. A distância entre-eixos é de 2.825 mm.

O Nissan Murano conta com suspensão independente nas quatro rodas. Tanto o conjunto dianteiro como o traseiro são ancorados em sub-chassi. Na dianteira foi adotado o esquema McPherson, com amortecedores hidráulicos, barra estabilizadora e uma travessa superior para garantir maior rigidez torcional. Na traseira, um refinado sistema multibraços com seção superior em alumínio e barra estabilizadora. Molas e amortecedores são montados separadamente para reduzir fricções – e conseqüente nível de ruído – e melhorar a condução do veículo em qualquer situação de rodagem.

Os técnicos da Nissan tiveram grande preocupação em reduzir os níveis de ruído e de vibrações no interior do veículo. Daí a adoção do sub-chassi. Já usados anteriormente no 350Z, os amortecedores também acentuam as qualidades dinâmicas do veículo ao aumentar a precisão do sistema de direção.

O sistema de freios é formado por discos ventilados de 320mm de diâmetro na dianteira e discos sólidos de 308mm na traseira, com auxílio de ABS com distribuidor eletrônico da força de frenagem (EBD) e Brake Assist, sistema que, ao detectar situações de frenagem de emergência complementa a força de frenagem aplicada pelo motorista.

O Nissan Murano está equipado com rodas de liga-leve de 18 polegadas de diâmetro e pneus 225/65R18 103H.


4- Segurança

Segurança cinco estrelas
O Nissan Murano é um dos veículos mais seguros em sua categoria, conforme demonstram os últimos ensaios de impacto promovidos pela National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão americano independente de segurança de trânsito. Na colisão frontal a 35 milhas por hora (56 km/h) contra barreira fixa, o modelo atingiu a máxima pontuação, ou cinco estrelas, tanto para os passageiros da frente como para os do banco traseiro. Obteve a mesma pontuação no ensaio de colisão lateral.

O Murano vendido no Brasil traz um completo pacote de equipamentos de segurança passiva e ativa, suficientes para garantir a integridade de todos os ocupantes do veículo. Além disso, a estrutura do Nissan Murano foi concebida para preservar os passageiros de qualquer risco em caso de acidente.

Além dos sistemas de auxílio de frenagem, já descritos no capítulo que aborda a parte mecânica, o Nissan Murano conta com faróis de xenon auto-ajustáveis, terceira luz de freio montada no defletor traseiro e amplos espelhos laterais. A visibilidade é total em todas as direções. Outros itens de segurança presentes na versão são o imobilizador de motor, apoio de cabeça ativo nos bancos dianteiros, cintos dianteiros de segurança com pré-tensionador e limitador de esforço, cintos de segurança de três pontos no banco traseiro (os laterais com ajuste de altura), e presença de bolsas infláveis – dois dianteiros, dois laterais e cortinas laterais para todos os ocupantes.


5- Mercado
  
Nas lojas, sem pedestal
Embora seja reconhecido como “escultura”, o Nissan Murano não estará exposto em pedestal nas revendas da marca. “Pelo contrário: queremos que todos visitem as lojas Nissan para conhecer o carro de perto”, afirma o diretor de Vendas e Marketing da Nissan Mercosul, Nélio Bilate. Na avaliação do executivo, o Murano será um grande gerador de tráfego nas revendas – mesmo fenômeno provocado pelo 350Z – pois o veículo é um carro de imagem. “Vale a pena ser visto.” Programas de test-drive estão previstos na campanha de lançamento do modelo.

As vendas, no entanto, serão personalizadas e já há interessados, segundo Bilate. “À época do último Salão do Automóvel, quando mostramos o Murano pela primeira vez no Brasil, recebemos dez encomendas prévias, além de incontáveis consultas. Todas essas pessoas que se mostraram interessadas no modelo serão procuradas e, na medida do possível, atendidas.”

É um público seleto, conforme apontaram os perfis traçados pela empresa. “Quem compra o Murano quer se presentear a si próprio e considera que o carro é dele, não da família”, explica Bilate. São, em sua maioria, homens com mais de 35 anos que valorizam desenho e tecnologia. “É gente que sabe exatamente o que quer, não compra por impulso.” Há, do mesmo modo, mulheres entre os interessados no carro. “A maioria, uns 90%, é formada por homens, mas temos algumas mulheres, executivas bem resolvidas na carreira e na vida pessoal, que revelaram interesse no Murano.”

Apesar da expectativa criada pelos interessados, Nélio Bilate é modesto nas previsões de venda: ele estima que serão vendidas de 8 a 10 unidades por mês. Todos os carros são fabricados no Japão para atender as especificações brasileiras.

A rede de concessionárias Nissan é formada por 60 pontos que cobrem as principais localidades brasileiras. Mas o Murano estará disponível, a princípio, apenas em algumas cidades. “Como se trata de um veículo de baixo volume de vendas, selecionamos apenas algumas revendas que irão receber a novidade”, observa Nélio Bilate. Mas interessados de qualquer parte do Brasil podem encomendar o modelo.

O Nissan Murano tem garantia de 2 anos, sem limite de quilometragem. Seus compradores estarão cobertos pelo programa Nissan Way, pelo qual dispõe de assistência mecânica 24 horas por dia, 7 dias por semana, durante dois anos em todo território nacional.


6- Murano

A ilha dos cristais
O nome Murano foi tirado da localidade ao norte de Veneza, famosa pelos mestres vidraceiros que transformam cristal em obras de arte. A tradição do lugar teve início em 1291, quando os artesãos foram forçados a se mudar para a periferia de Veneza devido aos riscos de incêndio. Os espelhos de cristal e as contas de vidro, que a princípio era a principal atividade da ilha, passaram a atrair a atenção dos nobres europeus.

Com isso, Murano transformou-se no principal produtor de vidros da Europa. A atividade entrou em declínio com a chegada das grandes indústrias de vidro. E Murano encontrou sua vocação nas finas peças e esculturas de cristal. O trabalho dos artistas de Murano ainda é reconhecido como o melhor do mundo.

Fonte:www.nissan.com.br

 
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